Correios em greve? Saiba todos os detalhes
Na última segunda-feira (22), o Tribunal Superior do Trabalho (TST), em julgamento de dissídio coletivo, determinou que funcionários dos correios tivesse um reajuste de 9,75% no valor do salário e do vale-alimentação.
A determinação veio após a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) e os funcionários não conseguirem chegar a um acordo nos últimos meses, sobre questões como aumento salarial e nos últimos meses.
Por conta disso, o TST teve que entrar em jogo para julgar o dissídio coletivo.
O reajuste teve seu valor fixado em cima das perdas dos salários dos funcionários, em decorrência da inflação, mas não teve qualquer tipo de vínculo ao índice de preços.
O processo da greve dos correios
No dissídio coletivo, o ministro Agra Belmonte, concluiu que a greve do correios realizada pelos funcionários dos Correios em agosto deste ano e que durou apenas um dia, não foi abusiva, já que todas determinações previstas na Lei de Greve foram cumpridas.
Vale lembrar que antes de decretarem a greve, os trabalhadores tentaram negociações e chegaram avisar a empresa sobre a paralisação.
A decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST)
Na decisão do TST, ficou estabelecido que os funcionários contratados para trabalhar 44 horas semanais, incluindo fins de semana, têm direito a um adicional de 15% em cima de sua remuneração.
Os Correios em greve terão ainda que disponibilizar plano de saúde aos os empregados com adesão facultativa, e quem contratar o plano deverá se responsabilizar com os custos de mensalidade e coparticipação.
Funcionários lutam contra a privatização da empresa
Ao mesmo tempo lutam por um bom acordo trabalhista, os empregados da empresa se mobilizam na luta contra a proposta que permite a privatização dos Correios.
Já aprovado na Câmara, o Projeto de Lei (PL) 591, que pauta a privatização da empresa, aguarda votação na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado.